segunda-feira, 28 de maio de 2012

SÓ DE MIM



[...] E quando ela ri... eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é uma nota musical que toca ao coração e faz querer dançar.

Quero que saibas que ela é tudo o que quero e nunca soube que tive.

Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal! E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que sejas tudo o que eu nunca fui.
Espero que a trates bem.
Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre. 
Pudesse eu ter lido o futuro...


sábado, 26 de maio de 2012

AMAR SEM AMOR


bruna-vieira
Lá está ela, mais uma vez. Olhando além da janela, em outra direção, como se estivesse procurando por alguém. A paisagem passa rápido por seus olhos, e aqueles velhos pensamentos logo se perdem entre as árvores e montanhas. Sabe que o mundo é pequeno demais para suas lembranças, então corre de si mesmo, e deixa o vento mudar o penteado, os sonhos e todo o resto. Não liga, sabe que é assim. Como se durante todos os dias de sua vida, tivesse feito e desfeito as malas por alguém.
Sei bem que essa moça, gosta dessas coisas. No fundo,  ela só consegue se enxergar nos olhos de alguém. Por isso, jamais fica sozinha. Odeia ouvir seu próprio silêncio, então decora palavras e toda vez que sente medo, diz sem ter certeza: “Eu amo você”.
Por ser assim, já sofreu centenas de vezes que eu sei. Tomou na cara, no coração e na alma. Mas pra ela, isso não é nada. Sabe disfarçar com sorrisos, batons e café forte. Se levanta toda vez, e segue em frente seu caminho. Não por ser forte, mas pelo contrário,  por saber que é fraca o bastante para não conseguir entender sua alma, admitir essência e voltas atrás. É disso que ela tem medo, dar ré.
Então, pisa firme, acelera e segue em frente toda vez que quer voltar. Deixa o vento agir. Acha que adrenalina é paixão, e paixão é amor. Mistura tudo em um copo cheio de nada, e bebe sem respirar. Pobre moça, conhece todos os lugares do mundo, menos seu próprio coração.  Às vezes, penso até que quando era mais nova, lhe disseram que todos devem ser alguma coisa quando crescer. Então, entre todas as coisas que poderia ser, essa jovem moça escolheu ser saudade. Ser a falta, o motivo e a rima de versos como estes.
Que são escritos a todo instante por caras como eu.  Caras que foram deixados para trás, que ficaram no reflexo do retrovisor, querendo sempre dizer uma última coisa: Deixa disso de uma vez menina. Vê se dessa vez, fica quieta em você. Quando é que finalmente tu vais aprender, que nesse nosso mundo, amar sem amor é besteira e faz doer?

CAIXA DE ENTRADA


caixa-de-entrada
Conheci você em uma dessas ruas sem saídas que a vida faz a gente pegar. Sem saber de muita coisa, nos esbarramos por acaso em frente aquele antigo prédio vermelho – que você jura até hoje ser vinho. Tanta coisa no chão fez a gente se confundir e ao mesmo tempo, se entender. Éramos parecidos demais pra ter alguma coisa a ver. Trocamos links, amigos e depois, encontramos juntos a saída. No começo eu te enxergava como um possível amor, confesso. Talvez até tenha sentido alguma coisa e criado expectativa para o segundo ou terceiro encontro. Mas depois de algumas horas, semanas e meses ao seu lado, sem nenhum interesse aparentemente recíproco, desisti. Minha regra sempre foi: Evite trocar sorrisos por beijos.  
Desde então você se tornou o cara dos seus sonhos. Não éramos príncipe e princesa, mas estávamos sempre juntos lá no baile. Dançando, bebendo, ou sei lá, roubando doces pra deixar na geladeira até o próximo final de semana. Aprendi aos poucos a parar de enxergar segundas intenções. Era permitido carinho, era permitido amor, só não era mesmo permitido aquela coisa que todo mundo dizia ser a definição do que é real e do que não é: Compromisso.
Passamos os piores e os melhores momentos ao lado um do outro. Mesmo, e talvez principalmente, quando você se mudou pra Califórnia por uns tempos para fazer aquele tal intercâmbio. Lembro que gastei todo meu salário de estagiaria em uma ligação onde sem dizer praticamente nada, consegui explicar o fim de um namoro e como ter você sua presença fazia falta.
Ah, que saudade daquela época em que a gente se encontrava pra jogar o tempo fora, criar pratos extraordinários e assistir nosso filme predileto. Você dizia que eu era uma garota diferente. Daquelas que qualquer cara do mundo se apaixona com cinco minutos de conversa – e não, como as outras, com apenas um olhar. Eu achava graça e dizia que aquilo não era um elogio. Era na verdade uma maneira educada e fofa de dizer que eu era mais legal do que bonita. 
Agora estamos aqui, trocando emails e tentando há semanas marcar um simples café em uma quinta qualquer. Não é irônico? Você tem seus filhos, e eu o trabalho dos meus sonhos. Parece que conseguimos finalmente o que tanto queríamos. Pena que pra isso, tivemos que remar um pra cada canto. Mas vai, a culpa não foi nossa. Nem sempre o amor tem o mesmo ritmo. Nem sempre quem amamos é quem nos faz feliz. Seja como for, quando der, me liga. Será que ainda tem meu número?


terça-feira, 22 de maio de 2012

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES…


Você me ensinou a dizer adeus. Pois é, aquele “até nunca mais” aconteceu. Mas não foi só isso, confesso.
Você me ensinou que “as flores são bonitas em qualquer lugar do mundo, muita gente tem forma mas não tem conteúdo.” Você ensinou que são nas pequenas coisas que nos entregamos, aprendi o valor do pequeno. Pequenos momentos que nos dão lembranças grandes. De gente grande, de grande falta. Você me ensinou a diferença entre saudade e falta, porque saudade é aquilo que queremos ter ou viver uma outra vez, e falta… Ah, a falta! A falta é você. A falta é a presença da ausência, é sentir que você não está ali e conviver com isso em paz. É sentir que faço tudo aquilo sem você. A falta é saber que foi e não é mais, nem vai ser. E não querer que seja.
Você me ensinou a entender aqueles poemas e poesias sem sentido, porque quando se lê com o coração a alma agradece e padece. E sabia que te olhava com o coração? Por isso aprendi, mas hoje te vejo com os olhos. Aqueles olhos de ressaca e mágoa que você escolheu pra você. E hoje já não pode me ensinar nada. Mas você me ensinou que tempo é paralelo quando se há intensidade. Ensinou que qualidade vale muito mais que quantidade.
Você me ensinou a gostar de coisas que odiava, por puro preconceito ou orgulho de dar o braço a torcer. Você me ensinou a engolir o orgulho, a me amar mais e lidar com os defeitos alheios.
Você me ensinou a não me importar com o que os outros pensam, pois ninguém enxugou minhas lágrimas, ninguém viveu minha vida e ninguém escreveu minhas palavras. Afinal, o maior erro que se pode cometer é tentar agradar a todos, pois assim, deixamos de agradar a nós mesmos.
Você me ensinou que não existe tamanho quando há força para lutar e sede de vencer. Do jeito mais seu e mais irritante possível, me ensinou o que é amar alguém sem medidas ou pés atrás. E exatamente por isso, hoje sei que o mundo é das pessoas que mandam em seus sentimentos.
Mas a melhor que coisa que você me ensinou foi a dizer adeus. A dar adeus para os oportunista com “palavras amigas”. A dar adeus para tudo que não me faz bem, que não é leve, doce e um pouco louco.
Então te disse adeus. E aí aprendi mais uma coisa. Aprendi que para aprender nunca precisei de você ou de mais ninguém, porque para aprender é só olhar para dentro, e nunca para trás. E pra não dizer que não falei das flores, obrigada, pois jamais serei aquela que ama fugindo.

terça-feira, 15 de maio de 2012


Um ano do blogg , Agradecemos a todos os que nos acompanham !
Muito obrigada mesmo, galera .


                   

segunda-feira, 14 de maio de 2012


A vida sempre nos dá chances de ser feliz. Nós que muitas vezes não percebemos.


Diminua as lágrimas, e ponha mais sorrisos em sua vida.

domingo, 13 de maio de 2012


Os amigos de verdade foram feitos para brilhar com você nos dias de sol, e iluminar todas as noites escuras. 


E por favor, tempo, não leve aqueles que amo pra longe de mim.


As vezes você tem que deixar a pessoa que você ama ir. Só para ver se ela te ama o suficiente para voltar. William Shakespeare

terça-feira, 8 de maio de 2012

ENTRE ASPAS: AMOR E PERSEGUIÇÃO

martha-medeiro-textos


“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas.”
Copiem. Decorem. Aprendam.
Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros.
Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que amor é medicamento. Pelo contrário.
Se você está; deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e dafalta de auto-estima.
Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que,antes de tudo, tratam bem de si mesmas.
O amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia.
É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: Ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada.
Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se auto-flagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes(ou princesas!!) encantados (as).
O amor é o prêmio para quem relaxa. As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas.
Sobre a autora: Martha Medeiros (Porto Alegre, 20 de agosto de 1961) é uma jornalista e escritora brasileira. Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro. Casou-se com o publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos e tem duas filhas. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, tradicional de Porto Alegre, localizado nos arredores do bairro Moinhos de Vento. Formou-se em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.

domingo, 6 de maio de 2012


“Os carinhos de mãe estremecida,
Os brinquedos dos tempos de criança,
O sorriso veloz de uma esperança,
A primeira ilusão da nossa vida.
O adeus que se dá por despedida,
O desprezo que a gente não merece,
O delírio da lágrima quando desce
Nos momentos de angústia e de desgraça.
Passa tudo na vida, tudo passa.
Mas nem tudo que passa, a gente esquece”.

                                                                                               Lourival Batista

sexta-feira, 4 de maio de 2012


É SEXTA, TEMPO DE SER FELIZ!


tempo-de-ser-feliz
Resolvi dar um tempo pro coração, ele merece, não é mesmo? Ser intensa cansa, dá dor de cabeça e tira algumas noites de sono. Resolvi que é hora de vestir meu melhor vestido e sorriso e sair por aí distribuindo gentileza. O mundo precisa de mais gentileza e menos cara amarrada. E abraços! Mas aquele abraço apertado e que faz a gente fechar os olhos, que é pra ser verdadeiro.
Resolvi fazer uma limpa, estou mais seletiva. Confiar e entregar minhas melhores risadas a gente falsa estava me fazendo doer, o coração estava reclamando. Andei radicalizando. Vacilou, risquei do carderninho.
É tempo de acolher gente do bem e de riso fácil, gente que é feliz e sabe disso, sou dessas. Resolvi que do meu lado só vai andar quem quiser estar ao lado mesmo, não na frente ou atrás. Se é pra andar, andaremos juntos, se é pra correr, corrermos juntos e se é pra levar uns tombos, levaremos juntos, mas tem que rir, porque rir de si é o melhor remédio.
Resolvi ouvir as músicas que fazem meu coração pulsar, velha, nova, boba, clássica, me fez rir eu dou o “play”, não importa. Num domingo a tarde vou colocar meu melhor short e uma dessas blusas velinhas e gostosas, soltar os cabelos e colocar meu som pra tocar alto, vou dançar e rodopiar pela sala.
Daqui pra frente farei tudo que gostava de fazer antes e parei porque achavam estúpido, quero ser estupidamente estupida! E quero muitos estúpidos pra fazer estupidezes comigo! Quero levar as coisas menos a sério e rir feito criança de cinco anos em festa com pula-pula, é tempo de ser feliz!
Resolvi rasgar meus jeans, andar de bicicleta e assistir o pôr do sol na praia. Vou sair por aí desejando felicidade aos casais, esperança as crianças, paciência e cautela aos adolescentes, paz e amor aos idosos. Parei de me procurar, porque uma hora a gente se encontra. Acontece, aqui ou ali, você se acha, é só parar de procurar. Parei de andar nas linhas, estou arriscando umas curvas, me perdendo pra achar atalhos. Parei de querer quantidade, agora eu quero qualidade.
Resolvi que todo mundo merece a chance de ser feliz, todo mundo merece aquela mãozinha, e que fique aqui registrado, todos sabem onde me encontrar, estarei aqui quando precisarem.
Apenas dê um tempo pro seu coração e sorria. Relaxe que o resto flui, pois quando o mar está tranquilo todos os barcos podem navegar. E que fique aqui uma mensagem da querida Cora Coralina,“não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.” 
Dê um tempo ao seu coração.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

     Foto tirada por Paulo Henrique Santos, especialmente para ilustrar este texto.


   Um brinde a todos que carregam do lado esquerdo do peito um sentimento capaz de ultrapassar fronteiras e derrubar barreiras, um sentimento puro significante a nós. Sim, ele é amor, quatro letras que juntas nos deixam nas nuvens, nas quais outrora são passageiros.
  Muitos se entregam a esse senhor dominante de primeira. Outros já preferem filosofar sobre o fato, enquanto alguns tentam esquecer.
  Depois de algum tempo que nos resta é apenas seu irmão saudade, que sempre vem pra alimentar aquela que todos jugam morrer por ultimo a esperança e junto com o tempo pode ser a solução pra tudo.
  Alguns passam anos presos dentro de sistemas que os prendem de uma vida nova, outros perfumes, novas horas e diferentes canções ... Mais há alguns que conseguem superar, pessoas sortudas e determinadas que conseguem um final de luz e felicidade ao lado de alguém que nunca haviam planejado.
   Amar é sentir momentos e prazeres, alimentar-se de essências das quais podem ou não acabar com o tempo. E se por acaso acabar , acorde dos sonhos e planeje sua nova vida, pois ela não vai parar !


Texto escrito por Paulo Henrique Santos, nosso novo contribuidor






quarta-feira, 2 de maio de 2012


Você me chamou pra dançar aquele dia Mas eu nunca sei rodar Cada vez que eu girava parecia Que a minha perna sucumbia de agonia Em cada passo que eu dava nessa dança Ia perdendo a esperança Você sacou a minha esquizofrenia E maneirou na condução Toda vez que eu errava você dizia Pr'eu me soltar porque você me conduzia Mesmo sem jeito eu fui topando essa parada
E no final achei tranquilo. Só sei dançar com você Isso é o que o amor faz ♫




terça-feira, 1 de maio de 2012


O TEMPO E A FALTA!


Sempre me disseram que se deve ser feliz de dentro pra fora. Pois se é assim, então eu não sou. Eu guardo sentimentos ocultos. Eu guardo melancolia. Eu alimento minhas nostalgia.
E em dias como hoje, desenterro todo o meu passado e brinco de voltar no tempo com as palavras. De mudar o que já acabou. De eternizar o que nem durou.
Talvez a vida seja mesmo isso. Guardar sentimentos.
Eu só não consigo entender como as pessoas conseguem com o tempo, simplesmente se desfazer de tudo isso. O tempo pra mim, não muda nada:  Deixar as coisas mais distantes só faz com que a minha vontade de alcançá-las aumente.
Sinto saudade de tudo aquilo que já passou. De todos os cheiros, de todos os erros e de todos os medos. Dos amigos que se foram. Dos que me fizeram aprender o que é sofrer.
Sinto falta de caber no banco de trás do carro dos meus pais. Do meu primeiro colégio e das suas exigências sem fundamento. Da minha professora do infantil que me faz acreditar que eu era diferente.
Sinto falta de tudo aquilo que tive que deixar, de tudo aquilo que me deixou antes mesmo de chegar. Dos abraços e das lágrimas que eu não deixei cair. Da cor do meu quarto quando o sol batia pela janela. Da música que tocava naquela viagem de família.
Mesmo sabendo o final da história, eu não faria diferente. Eu faria de novo. Pra sempre.