quarta-feira, 27 de junho de 2012


New York, julho de 1983.
“Ei meu grande amor, como você está? Espero que esteja bem.Bom, eunão estou,mas um dia vou ficar. Está é a ultima carta que te escrevo, quero te lembrar apenas o quanto sinto tua falta. O quanto lembro de você todas os dias que acordo. O quanto lembro de nossos momentos que passaram apenas de lembranças. Uma carta de despedida. Cansei de ser apenas eu e você e nunca ser nós. Cansei de amar sozinha,cansei de dar carinho e não receber nada em troca. Eu te amo, sempre te amei, desde que te conheci. Me apaixonava por ti todos os dias. Mas sofri tanto, você nunca deu o valor que eu merecia, você nunca me deu o carinho que eu precisava. E no fim de tudo, acabei amando sozinha. E como diz o ditado quem ama por dois, sofre por três. E eu sofro por três a cada dia que passa. A dor é grande aqui no meu peito.Cansei de  te procurar,cansei de deixar meu orgulho de lado para te satisfazer. Mas apesar de tudo isso você me faz falta. Pois sinto falta de um sorriso que nunca surgiu em teu rosto, do abraço que nunca foi recebido quando eu precisava. Sinto falta do beijo intenso que você nunca me deu. Sinto falta dos gestos doces que nunca senti. Sinto falta das tardes de frio ao teu lado que nunca acontecerão. Isso apenas passou de sonhos em minha cabeça. Planejei tanta coisas para nós dois. Mas você nunca sentiu o que eu sentia. Você mentiu. Você disse que me amava, mas a verdade é, você nunca me amou. Enquanto você foi o único, fui apenas mais uma em tua vida. E hoje te digo. Não te procuro mais, vou seguir em frente. Você foi embora e não olhou para trás, você foi embora e não pensou em mim, em nós. Você apenas foi embora e disse “se cuida“. E hoje te digo, vou seguir teu conselho. Vou seguir em frente. Cuidando de mim. Já que você nunca foi capaz de fazer isso. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário