quarta-feira, 7 de março de 2012


Meu sorriso virou uma caixa, um bau velho talvez. Um daqueles bem surrados, com dores, decepções e lembranças amontoados, esta quase explodindo de tanta bagunça, logo se transformará em lágrimas, terei que me segurar, não piscar para elas mais uma vez não encharcarem meu rosto. Talvez colocarei a culpa em um cisco, desses trazidos pelo vento que faz lacrimejar ou quem sabe direi que é sono, uma dessas vezes que bocejamos e as lágrimas não se seguram e rolam sob meu rosto. Qualquer desculpa obvia poderia ser usada, ninguém se importaria em saber a verdade, ninguém notaria tanta mentira estampada em meus olhos e nesse meu sorriso, nesse forjado, quase se fechando. Este meia boca, torto, sem brilho. Toda a doçura se apagou, não sei como ninguém notou. Esses sorrisos do dia-a-dia são daqueles ensaiados na frente do espelho, os que viraram rotina,ou dos pedaços de um coração em cacos.

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