sábado, 29 de outubro de 2011


Que tudo acaba, eu sei. Do mesmo modo que você sabe, que nós sempre soubemos. Mas e aí? O que a gente faz com tudo que foi construído? E todos os sonhos, todas os juramentos e todas as promessas?  Músicas perdem o sentido, sonhos perdem a magia, encontros perdem o tão famoso entusiasmo e passam a ser casuais ou mera coincidência. Cada “pra sempre” deixa de ser entendido em seu sentido literal. Então, porque “pra sempre”? Será que alguém ainda não percebeu a ilusão contida no “pra sempre”? Cria-se uma fantasia em torno do romance. Um indivíduo entre bilhões se torna sua vida para, entre dias ou meses, se tornar novamente apenas mais um indivíduo entre bilhões. Mas todo amor pode ser esquecido? Toda dor pode ser apagada? Todo o sentido pode realmente perder-se de um dia para o outro? A música que lembrava vocês dois, hoje toca no rádio e passa despercebida. As cartas trocadas, hoje estão entre papéis velhos. Todo e qualquer momento é mais um na memória. Todo e qualquer amor é recordação?

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